segunda-feira, 28 de julho de 2008

02- VIVER BEM

MEDICINA POPULAR

CASTANHA

Uma castanha por dia, não mais do que isso garante as doses de selênio de que seu corpo precisa para preservar cada célula, botar para fora possíveis substâncias tóxicas e viver mais.
Em segundos, ao mastigar uma única castanha-do-pará, você recarregará os níveis de um mineral extremamente importante para uma vida longa e saudável: o selênio. A pequena Oleaginosa repõe a quantidade do nutriente necessária para dar combate ao envelhecimento celular, causado pela formação natural daquelas incansáveis moléculas que danificam as células, os radicais livres.
Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas –do- Pará – recentemente rebatizadas castanhas-do-Brasil – eleva em 65% o teor de selênio no sangue.
Deve-se dizer que as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste do país são tão ricas em selênio que bastaria uma unidade para tirar o mesmo proveito. “A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por dia”, diz a mutricionista Bárbara Rita Cardoso, pesquisadora do Laboratório de Minerais da Universidade de São Paulo. E com uma unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que isso – de 200 a 400microgramas do bendito selênio. Aliás, o limite de consumo diário do mineral é de 400 microgramas. No caso de uma criança meia castanha seria o suficiente.
O Selênio “é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres”, responde Christine Thomson, a pesquisadora neozelandesa que investigou as propriedades da castanha. “O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar essas enzimas antioxidantes”, descreve, completando, Bárbara Cardoso. Na ausência dele, as tais enzimas ficam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo.
O mineral da castanha também teria um papel especial na proteção do cérebro. É que, com essa capacidade de acabar com a farra dos radicais livres, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, a pesquisadora Bárbara Rita Cardoso começa a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer. “A gente desconfia que nesses pacientes os radicais façam maiores estragos”, diz ela.
(FONTE: Saúde nº 298. maio 2008)

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