terça-feira, 5 de maio de 2009

JPS 23 - PAG. 07 - ARTIGOS

INCLUSÃO SOCIAL DA JUVENTUDE NO MERCADO DE TRABALHO
Por Socorro Vilar


A discussão em torno de políticas públicas para a juventude, no campo do trabalho tem ganhado nos últimos anos em nosso país um caráter complexo. O reconhecimento das transformações que atravessam o mundo do trabalho, tais como: novas tecnologias, informatização dos serviços, novos modelos de organização, novos requisitos para obtenção de emprego tem dificultado a vida da juventude, que se sente despreparada para atingir o mercado de trabalho. Esse fato vem acirrando a desigualdade socioeconômica. Os jovens representam um dos grupos mais atingidos, que apresentam maiores dificuldades em ingressar e permanecer no mercado de trabalho formal. O jovem tem perdido espaço mesmo tendo um nível de escolaridade mais elevada. A principal razão apresentada pelos especialistas com relação ao desemprego juvenil está centrada na limitação da economia brasileira, no que se diz respeito à geração de emprego e renda para as novas gerações. Os jovens perdem postos de trabalho em função da intensa concorrência com os trabalhadores adultos, e na maioria das vezes por acharem que eles são irresponsáveis, inexperientes, rebeldes, desobedientes.
A população juvenil vem crescendo de maneira expressiva nas últimas décadas e a expectativa média de vida dos brasileiros vem aumentando entre os anos de 2000 a 2005. Sendo de grande necessidade considerarmos a juventude, respeitando as diferenças de classe social, raça, gênero, religião, faixa etária, origem familiar, em relação ao trabalho.
Devemos priorizar a educação e inserirmos os jovens na escola de boa qualidade. As políticas públicas de educação, cultura e lazer devem visar investir em ações que favoreçam a melhoria da qualidade de vida, promovendo e articulando União, Estados e Municípios, a firmarem um conjunto para encontrarem a solução para as questões educacionais, garantindo que os jovens estudem e não precisem trabalhar antes dos dezesseis anos. Elaborar programas de apoio a iniciativas culturais, científicas, esportivas etc., que possibilitem a integração do jovem na sociedade. A solução é investir na educação, mas infelizmente nossos governantes não querem enxergar isso.


Fobia

Aversão ou medo psiconeurótico a objetos ou situações particulares.
O número de fobias possíveis é quase infinito. Os dicionários médicos, psicológicos e o Cid, OMS, assinalam centenas.
Os nomes das fobias são derivados da conjunção do nome grego que indica a coisa temida á palavra “fobia"; assim, temos claustrofobia, medo de recintos fechados; acrofobia, medo das alturas; agorofobia, medos dos lugares abertos.

A maior parte das fobias tem sua origem em experiências remotas, quase sempre na infância.
A experiência indutora de fobia possui algum elemento de vergonha e culpa que serve de gênese á ansiedade. As experiências que deram origem à fobia foram “esquecidas (isto é, não podem ser recordadas); essa incapacidade de recordação do evento traumático original é fruto de repressão.
As reações fóbicas são perpetuadas porque operam como defesa e agentes de redução da ansiedade neurótica.
O objeto fóbico simboliza amiúde a causa real do medo. Na minha experiência nas terapias individuais e grupais com fóbicos (1990), percebo uma característica incomum: eles não gostam de se aproximar do objeto e nem de ficar muito longe para não perder de vista e sair de seu controle.
A família gera tanto filhos saudáveis como filhos doentes.
Famílias olhem para seus filhos, ouçam seus filhos, acompanhem seus filhos. E
mesmo com limites, tenham muita paciência com seus filhos, não se envergonhem de procurar ajuda profissional.

São Paulo, 03 de Abril de 2009
João César Mousinho de Queiroz
CRP/06-21371-0 Psicólogo Cratense
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domingo, 3 de maio de 2009

JPS 23 - 08 - ULTIMA PAGINA

HISTÓRIA QUE ME CONTARAM SOBRE A CONSTRUÇÃO DA CAPELA DE SÃO JOSÉ

Por Edval Cirilo

Em 1928 o Sr. Moisés Xenofonte de Oliveira, que veio das bandas de Santana do Cariri passar uns tempos aqui onde já residia o seu irmão Daniel, achou que já devia ser construída uma capela aqui na Ponta da Serra para dar mais conforto aos fies, pois a casa de oração, construída em 1895 por José Bernardo Vieira, já não era suficiente para caber a população. Convocou alguns amigos e o pároco e fizeram várias reuniões até chegar a um consenso. O Mons. Assis Feitosa achava a obra grande para aquela época, mas aos poucos resolveu apoiar.
Em 1929 começou a obra em regime de mutirão, sendo o Moisés e o Mons. Assis Feitosa, o diretor espiritual, os enfrentantes da obra, mais Raimundo de Souza Brasil e José Valdevino da Cruz. Manuel Portão, juntamente com seus familiares, foram responsáveis pelo fabrico dos tijolos e telhas. Pedro Bento com seus jumentos carregava as pedras e o barro. Segundo informações, o jovem José Ferreira Lima, conhecido por Cazuza, se acidentou quando do carregamento de um pau para a construção, ficando paralítico até sua morte, dentro de uma rede, coberto apenas por um lençol, o que lhe custou o apelido de “Zé Pelado”. As beatas, Rosa e Raimunda Xenofonte, animavam e motivavam a população. Ás missas mensais, era convocado o mutirão com muita fé carregando material. No dia 25 de dezembro de 1930, já coberta a capela mor, foi inaugurada com a primeira missa celebrada por Mons. Assis Feitosa. Em 1931, a obra era dada por terminada. Devemos dizer que toda a construção foi em regime de mutirão, cada um dando a sua colaboração de acordo com o que podia. Devemos ressaltar,também, que os pedreiros, todos da comunidade, foram: Zé Salvador, Cícero Correia, Mestre Quinco e Vito Pereira. Mas isso não significa não haver outras personagens, que nos é impossível relatar, pois, os informantes estão muito difíceis por já terem morrido quase todos que viveram esta época